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Polícia Federal vai investigar caso de pacientes que receberam órgãos com HIV, diz governo

Pacientes, que acabaram infectados pelo vírus, estavam na fila do transplante da Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro.

Por André Miranda

11/10/2024 às 20:42:39 - Atualizado há
Foto: G1 - Globo
Pacientes, que acabaram infectados pelo vírus, estavam na fila do transplante da Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro. Caso é considerado inédito por especialistas no país. A Polícia Federal vai investigar o caso de seis pacientes no Rio de Janeiro que receberam em transplante órgãos contaminados com o vírus do HIV. A informação da investigação da PF é do Ministério da Justiça.

Esses pacientes estavam na fila do transplante da Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro (SES-RJ). Os órgãos infectados pelo HIV partiram de de 2 doadores. Agora, os seis pacientes testaram positivo para o vírus.

A notícia foi dada pela BandNews FM nesta sexta-feira (11). À TV Globo e ao g1, a Secretaria confirmou as informações e que investiga o caso. O incidente também é apurado por Ministério da Saúde, Ministério Público do RJ (MPRJ), Polícia Civil e Conselho Regional de Medicina (Cremerj).

O caso é considerado inédito por especialistas no país.

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O Sistema Nacional de Transplante tem critérios rigorosos para o rastreio de doadores de órgãos, que seguem portarias estabelecidas em conjunto com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Todos os órgãos doadores devem passar por testes de sorologia para HIV, hepatite B, hepatite C, HTLV e outras infecções.

Além disso, o rastreio leva em conta o contexto geográfico. Por exemplo, a doença de Chagas é investigada na América Latina, mas não na Europa ou nos Estados Unidos. Já os testes para HIV, hepatite B e hepatite C são obrigatórios, e no Brasil, não se aceita um doador HIV positivo para transplante.

O presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antônio Barra Torres, classificou de "situação gravíssima" o transplante com órgão contaminados.

"Situação gravíssima que põe em risco a confiança de quem já está numa condição de saúde tão delicada, precisando de um transplante, o que por si só já é uma grande preocupação. Agora, esse evento só aumenta ainda mais a aflição do paciente", afirmou Barra Torres.
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